Estudo: Reiki e Autismo

“No atual contexto, onde prevalece a cultura do ter em detrimento do ser, observamos que se dispõe cada vez menos de tempo para refletir sobre o verdadeiro sentido da vida, da saúde e da doença. Com o intuito de minimizar essa dificuldade, partimos em busca de outras formas de conhecer o ser humano, percorrendo outros caminhos terapêuticos. Percebemos a necessidade de conhecer a essência do ser e isso nos levou a buscar alternativas.

Além de Pedagogos, temos formação em Terapias Complementares como Reiki;Visto que a aprendizagem não pode ser encarada apenas como o ensinar a ler e escrever, mas a abordagem de vários aspectos relativos ao crescimento e desenvolvimento humano, permitindo ao aprendente, vivenciar experiências que possam ajudá-los durante sua existência.

No ano de 2004, começamos a trabalhar como professores do ensino especial,Nessa instituição, tivemos a oportunidade de atuar em turmas de alunos autistas, com síndrome de Down, TDAH e DM, classificados conforme diagnóstico médico e psiquiátrico, alguns deles apresentando também deficiências múltiplas.

No caso dos alunos autistas verificamos que o Psiquiatra prescrevia medicações que atuavam diretamente no Sistema Nervoso Central. Sentíamos que eles necessitavam algo mais em suas vidas, além de acompanhamento pedagógico e multidisciplinar. Como o nosso trabalho também atua no Sistema Nervoso Central, pensamos em aplicar Reiki a fim de auxiliar os tratamentos tradicionais.

Na rotina dos autistas, as atividades iniciavam com relaxamento em consonância com a musicoterapia. Eram colocadas músicas instrumentais, sons da natureza ou sons de animais. Esses gêneros musicoterápicos eram usados de acordo com o estado de humor dos alunos. Observou-se que estes gêneros de sons proporcionavam efeitos relaxantes. No início da aplicação alguns alunos não deixavam que os tocassem, porém com a continuidade verificou-se que quando estavam agitados, procuravam as mãos do professor aplicador e as encaminhavam diretamente na região da cabeça. (Um aluno autista de 18 anos, após ingerir os medicamentos alopáticos, ficava com o rosto avermelhado e dava pancadas em sua cabeça, produzindo sons de dor. Com aplicações diárias de Reiki e de massagens faciais, o mesmo foi apresentando um comportamento mais tranqüilo e já conseguia por vezes se manter concentrado por alguns minutos em alguma atividade pedagógica dirigida.)

A aplicação de Reiki era feita em dias alternativos e também de acordo com os transcorrer do dia. Inicialmente eram feitas aplicações (imposição das mãos a distancia), para todo o grupo, depois aplicávamos o Reiki na cabeça e logo após no coração. Cada um apresentou uma reação. Teve dias que uma das alunas chegou a chorar, dizendo estar com saudades de um ente querido, mais tarde soubemos que essa menina foi criada pela avó que já havia falecido.

Um dos alunos (autista), com as aplicações de Reiki começou a interagir melhor com a turma. Deixava que seus colegas pegassem seu jogo de dominó, jogo preferido no qual ele não compartilhava com ninguém. Apesar da ecolalia acentuada, por vezes chegou a nos chamar pelo nome.”

“teremos, talvez, que aprender a viver de outro modo, a pensar de outro modo, a falar de outro modo, a ensinar de outro modo”
Jorge Larrosa (2000)

(Excertos de uma monografia sobre Educação Especial “MELHORANDO A QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS ATRAVÉS DE TERAPIAS COMPLEMENTARES” ,

Autores: Adriana Lourenço dos Santos e António José Lourenço dos Santos

1 Comentário

  1. Tiago Ferreira said,

    Boa tarde Mestres,
    Dado o artigo ser sobre autismo, gostaria de saber a opinião dos Mestres sobre um assunto relacionado com este assunto.
    A vacinação causa autismo ou não? Qual é a vossa posição, Mestres?

    Um muito obrigado

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